quarta-feira, 15 de julho de 2015
Collor não declarou carros de luxo apreendidos pela PF à Justiça Eleitoral; veja lista de “máquinas” do ex-presidente
O CIDADAO
O senador Fernando Collor
(PTB-AL) não informou à Justiça Eleitoral ser o proprietário da
Lamborghini, da Ferrari e do Porsche apreendidos na Casa da Dinda,
residência de sua família em Brasília, durante operação da Polícia
Federal realizada nesta terça-feira (14).
Os três veículos, avaliados em quase R$ 7
milhões, foram apreendidos durante ação realizada em seis Estados e no
Distrito Federal, contra políticos investigados no âmbito da Operação
Lava Jato.
Segundo o procurador-geral da República,
a operação, batizada de Politeia, visava garantir a apreensão de bens
adquiridos com possível prática criminosa.
Além do ex-presidente da República,
também foram alvo da ação os senadores Ciro Nogueira (PP-PI) e Fernando
Bezerra Coelho (PSB-PE), o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE) e os
ex-deputados Mário Negromonte (PP), hoje conselheiro do Tribunal de
Contas dos Municípios da Bahia, e João Pizzolati (PP-SC), secretário
estadual da Bahia.
No início da noite de terça, Collor
subiu à tribuna do Senado para defender-se e disse que a “truculência”
da operação extrapolou “todos os limites” da legalidade, uma vez que os
agentes não apresentaram mandados judiciais para apreenderem bens e
“invadirem” as casas dos senadores.
O senador afirmou que repudia com
“veemência” a operação policial, que classificou de “invasiva” e
“arbitrária”. Também disse que foi “humilhado” pela ação da PF, assim
como sua mulher e filhas pequenas.
“O argumento da operação foi o de evitar
a destruição de provas. Depois de dois anos, evitar a destruição de
provas como se lá houvesse algum tipo de prova. E prova de quê, afinal?
Por acaso, um veículo é documento, é um computador? Qual seria o
objetivo a não ser o de constranger, intimidar e promover cena de
espetáculo pura e simplesmente visando a exploração midiática?”,
questionou.
Collor reagiu, em especial, à apreensão
de três veículos na Casa da Dinda. O senador disse que todos os veículos
foram declarados e adquiridos antes das investigações da Lava Jato, o
que comprova o caráter “espetaculoso” da operação da PF.
Os veículos, porém, não constam da
declaração de bens informada por Collor à Justiça Eleitoral em 2014,
quando foi eleito senador. Ele informou ser proprietário de 14 veículos,
incluindo uma outra Ferrari que não a apreendida pela PF.
Uma Lamborghini Aventador, como a que
foi apreendida na casa do ex-presidente, custa R$ 3,9 milhões. Já a
Ferrari 458 Italia sai por R$ 1,95 milhão, enquanto o Porsche Panamera
Turbo custa R$ 999 mil.
A reportagem ainda não conseguiu contato com a assessoria do senador.
OS VEÍCULOS DE COLLOR INFORMADOS À JUSTIÇA
BMW 760IA R$ 714.471,25
Kia Carnival R$ 183.000
Ferrari Scaglietti preta R$ 556.025,81
Toyota Land Cruiser R$ 180.000
Mercedes E320 R$ 342.810
Hilux R$ 142.000
VW Gol R$ 27.000
Citröen C6 R$ 322.804,31
Cadilac SRX R$ 65.406
Hyundai Vera Cruz R$ 139.000
Honda Accord R$ 51.000
Hilux R$ 14.346,06
Kia Carnival R$ 133.810,42
Land Rover R$ 114.608,97
Kia Carnival R$ 183.000
Ferrari Scaglietti preta R$ 556.025,81
Toyota Land Cruiser R$ 180.000
Mercedes E320 R$ 342.810
Hilux R$ 142.000
VW Gol R$ 27.000
Citröen C6 R$ 322.804,31
Cadilac SRX R$ 65.406
Hyundai Vera Cruz R$ 139.000
Honda Accord R$ 51.000
Hilux R$ 14.346,06
Kia Carnival R$ 133.810,42
Land Rover R$ 114.608,97
Folha Press
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