Felipe Maia será testemunha de defesa de Claudia Cruz, mulher de Cunha
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A mulher do deputado afastado Eduardo
Cunha (PMDB-RJ), Cláudia Cruz, chamou parlamentares e dois ministros do
governo interino de Michel Temer para serem testemunhas de defesa dela
em processo a que responde perante o juiz Sérgio Moro na primeira
instância da Justiça Federal. Advogados de Cláudia Cruz protocolaram
defesa prévia no processo e pediram para que Moro rejeite a continuidade
da ação.
Caso não seja esse o entendimento do
juiz, a defesa quer que Cruz seja absolvida sumariamente. Em último
caso, pede para que sejam ouvidas as testemunhas ao longo da instrução
do processo.
Os ministros chamados são deputados
federais licenciados para comandarem ministérios de Michel Temer:
Maurício Quintella, ministro dos Transportes, e Bruno Araújo, ministro
das Cidades.
Além deles, foram chamados seis
deputados federais em exercício: Hugo Motta (PMDB-PB), Felipe Maia
(DEM-RN), Carlos Marun (PMDB-MS), Jovair Arantes (PTB-GO), Gilberto
Nascimento (PSC-SP), e Átila Lins (PSD-AM).
Segundo a defesa de Cláudia Cruz, a
convocação dos deputados e ministros visam defendê-la da acusação de
lavagem de dinheiro e transferência de recursos de suposta origem
criminosa entre um trust de Eduardo Cunha e uma conta de Cláudia Cruz no
exterior.
“Testemunhas que atestem a ausência de
conhecimento/envolvimento da Defendente com os negócios de seu marido e a
inexistência de dolo eventual ou cegueira deliberada em seu
comportamento”, justifica a defesa ao listar os convocados.
Em casos de réus que convocam
parlamentares e ministros como testemunhas, o juiz Sérgio Moro costuma
pedir para que as defesa justifiquem a necessidade das convocações. Caso
o juiz aceite os nomes, ele envia ofício a eles questionando qual a
melhor data para a colheita dos depoimentos.
Cláudia Cruz ainda pediu para que sejam
ouvidas em sua defesa funcionários do Banco Merril Lynch em Genebra, na
Suíça, funcionários de um escritório de consultoria no Uruguai, e
representantes do trust Netherton, do qual Cunha é beneficiário. O
objetivo destas convocações, segundo Cláudia Cruz, é mostrar como
funcionava o trust e a conta dela, para provar que não houve lavagem de
dinheiro nos recursos recebidos por ela.
O ex-ministro do Supremo Tribunal
Federal (STF) e ex-ministro do governo Collor Francisco Rezek foi
chamado junto do professor José Tadeu de Chiara, e do advogado suíço
Diddier de Montmollin para esclarecer fatos relacionados à constituição
da conta de Cláudia Cruz no exterior e as razões para que ela não tenha
sido declarada ao Banco Central.
As demais testemunhas foram chamadas
para defender Cláudia Cruz da acusação de lavar dinheiro convertendo
dinheiro ilícito em aquisição de bens de luxo. Segundo a defesa, estas
testemunhas poderão explicar a razão do uso dos valores gastos em
cartões de crédito por conviverem com ela. Dentre os convocados está
Laerte Rímoli, que chegou a ser nomeado presidente da Empresa Brasil de
Comunicação (EBC) por Michel Temer, mas teve a nomeação suspensa pelo
STF, que reconduziu Ricardo Melo ao cargo.
G1-PR
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