Formação online da Secretaria Municipal de Educação discute Ensino Remoto

21 ago 2020
A primeira Formação online da Secretaria
Municipal de Educação (SME) ocorreu na quarta-feira (19), reunindo 130
assessores pedagógicos dos Departamentos de Atenção ao
Educando, Educação Infantil, Ensino Fundamental e Gestão Escolar para
participarem da palestra “Letramento Digital e Ensino Remoto: desafios
da pandemia”, com a professora doutora Cristina Leandro, da Universidade
Federal do Rio Grande do Norte. A temática foi discutida durante três
horas na plataforma Google Meet.
A secretária adjunta de Gestão
Pedagógica, Ednice Peixoto dos Santos, ressaltou que neste momento de
pandemia as equipes formadoras da secretaria não pararam e estão
utilizando as possibilidades da internet para dar continuidade ao
trabalho pedagógico. “Vocês nesse momento difícil não se acomodaram,
continuaram trabalhando com afinco, fazendo formação, recebendo
informações, porque por ser educador, é ser educador, o tempo todo. Não
somente quando está dentro de uma escola, dentro de uma sala de aula.
Como educador, nós temos uma responsabilidade muito grande”, afirmou.
A diretora do Departamento de Gestão
Escolar, Wanessa Cristina Rodrigues, contou que a formação está na sua
segunda etapa e em parceria com a UFRN. “Gostaria de trazer alguns
dados relevantes sobre a formação, que aconteceu com os diretores das
unidades de ensino na segunda e terça-feira. Nós tivemos a participação
de 210 diretores por dia. Foi uma participação muito boa. É importante
pois estamos conhecendo o trabalho do outro, valorizando e integrando, e
compartilhando com a representação de todos esses departamentos nesse
momento”, explicou Wanessa Rodrigues.
A palestrante abriu a conversa online
explicando como as tecnologias estão inovando e com novas relações.
“Saímos de uma relação física presencial para uma relação virtual, para
uma relação à distância, para interações a distâncias. A partir desse
isolamento, as famílias passaram a ser relacionarem igualmente, os
amigos, o trabalho, tudo passou a ser remoto, houve uma mudança na
sociedade. Uma mudança nas relações, nas formas e isso faz interações,
mediadas por outros instrumentos e recursos. Nós tivemos um impacto
também em relação às tecnologias, aprender a usar, aprender a se
comunicar, a se relacionar, não se isolar por inteiro. As tecnologias
que trazem informações de uma hora para outra, de um minuto, de um
segundo, de um lado a outro do mundo”.
A educação remota não é educação à
distância. Cristina Leandro comentou que o ensino remoto se aproxima do
presencial, tem uma perspectiva de manter o vínculo entre estudantes,
professores e demais profissionais, mantendo formas e alternativas para
esse fim. “É mediado por tecnologias digitais, mas não só restringe a
este, porque tem que se lembrar dos alunos que não tem acesso às
tecnologias. Então, esse ensino remoto, ele faz uso de outra escola, de
um outro contexto, faz uso de outros caminhos, de outras alternativas de
ensino”, destacou.
Cristina complementou que “o tempo no
ensino remoto é um outro tempo. Quando se pensa em aula, na maioria das
vezes, no Ensino Fundamental, por exemplo, vem diferente do ensino da
Educação Infantil. Vem a ideia de cinquenta minutos. No ensino remoto,
esse tempo é outro. Esse tempo é flexível. O ensino remoto, ele dispensa
também a dimensão do tempo. Outro tempo, outro modo, outro lugar,
outros contextos. O que demanda outras necessidades didáticas
pedagógicas”.
A professora Cristina Leandro possui
especialização, mestrado e doutorado pela UFRN, e foi docente da Rede
Municipal de Ensino de Natal por vinte anos. Desenvolve estudos que
investem sobre a formação de professores e as metodologias ativas nas
áreas de educação infantil, novas tecnologias e educação à distância.
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